abril 08, 2011

Peça Savana Glacial no Teatro OI Brasília

Jô Bilac, que assina o texto de Savana Glacial, é o vencedor da categoria de Melhor Autor do Prêmio Shell de Teatro

Lançado há três anos e desenhado com intuito de enaltecer a presença feminina no universo cultural, o Projeto Encantadoras, patrocinado pela CAIXA SEGUROS, se expande e incorpora peças teatrais à sua programação a partir de abril.

Para marcar essa nova fase, o Teatro Oi Brasília traz para a cidade  Savana Glacial, trabalho contemporâneo, realizado pelo grupo Físico de Teatro, cujo jovem autor, Jô Bilac, acaba de receber o Prêmio Shell de Teatro na categoria Melhor Autor. A apresentação será nos dias 8 e 9 de abril, às 21h. O valor do ingresso é único, R$ 25,00.

O texto foi desenvolvido a partir de argumento idealizado por dois dos atores que atuam na peça – Camila Gama e Renato Livera.  “Foi tudo muito rápido, mas sem atropelo devido à clareza e à fluência do processo. A produção correu em paralelo à elaboração do texto, como em uma novela. Cenário, figurino, marcação de palco, tudo foi desenvolvido pelo Físico de Teatro antes do texto final”, conta Jô Bilac, feliz por ver seu trabalho apresentado em Brasília, cidade que, em sua opinião, representa a Savana Glacial, por seu barro vermelho e sofisticadas esculturas arquitetônicas.

Na trama, dirigida por Renato Carrera, o casal Michel e Meg, interpretados por Renato Livera e Andreza Bittencourt, muda-se com o objetivo de resgatar a vida amorosa após um acidente que deixou Meg com perda de memória recente.  No novo apartamento, eles conhecem a jovem maquiadora Aghata, interpretada pela atriz Camila Gama, que transformará definitivamente a vida dos dois. O último personagem é o misterioso motoqueiro Nuno, vivido pelo ator Diogo Cardoso, que completa a intrigada relação entre quatro indivíduos, numa encenação de humor e suspense, onde o jogo entre realidade e ficção se torna cada vez mais explícito, patético e perigoso.

A premiação do texto é vista como estímulo por todos. “Foi surpreendente, pois abre a porta para quem está começando”, fala Jô Bilac, ressaltando as dificuldades enfrentadas por grupos pequenos em conquistar patrocínios e até mesmo levar críticos para avaliarem suas produções.

“Assim como na música, a dramaturgia brasileira espelha o quanto nossa cultura é eclética, rica. Esse é o papel do Teatro Oi Brasília, oferecer ao nosso público uma seleção do que há de bom e surpreendente, estimular novos talentos e reverenciar os já consolidados”, afirma Francisco Almeida, diretor da casa de espetáculos.

O ator Renato Livera reforça a inserção do grupo no Projeto Encantadoras possibilita a apresentação para um público qualificado além do eixo Rio-São Paulo.  Confiram o clipe da peça abaixo

3 comentários:

Anônimo disse...

O enredo de “Savana Glacial” é bom, porem para quem entende de dramaturgia a peça deixa muito a desejar.

Erros de direção tornam a apresentação teatral chata, demorada, sem interação com a platéia e o tema não atinge a alma do público, de forma a não ser cômico nem comovente, é simplesmente um drama banal.

O título ” Savana Glacial”, que deveria representar o grande deserto, ecassez e frieza de sentimentos dentro da personagem Meg, na apresentação realizada no Sesc Belenzinho-São Paulo - Sp, para a platéia só era possível entender o glacial, pois o ar condicionado deixou a platéia mais concentrada no frio que estava sentindo do que na própria peça.

Os atores transformaram a peça em uma grande monotonia, a não ser no momento em que as emoções de Meg são expressas, e as encenações se tornam uma grande feira de barraco, onde não é possível compreender o que se diz.

A expressão corporal da atriz que representa Agatha é repetitiva, e em alguns momentos vaga, pois não representa ou não transparece nenhum significado.

Em uma hora e dez minutos, somente no momento em que os personagens Meg e o escritor Michael estão em um impasse na hora do sexo, a platéia sentiu um ar de realidade. Nesse momento os atores conseguiram encontrar a essência de seus personagens e em um show de expressão corporal representaram uma mulher mal amada e submissa sendo obrigada a fazer sexo com o marido sem nenhuma vontade, como se estivesse sendo estuprada moralmente.

Felizmente existe um fechamento para a história de Meg, mas neste momento a platéia só não vê a hora de ir embora.

Bom dia JK disse...

Gostei muito da sua visão da peça! Pena que você não se identificou!
Um beijo e volte sempre

Anônimo disse...

Fico contente que tenha gostado de minha visão, a expressei em outros site também. Voltarei com certeza. Da próxima me identifico.


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